CAPOEIRA

Desenho de Cralos Bastos, do livro: Bahia de todos os santos. Guia de rua e mistérios. Amado, Jorge. (1991) 39ª ed. Ed. Record. Rio de Janeiro



Capoeira
A partir do século XV, quando Portugal começa suas viagens de expedição marítima pela África e pela Índia, surge o tráfego de escravos.
No Brasil, os portugueses começaram a aumentar o número de escravos porque para eles era melhor substituir a mão de obra indígena pela africana.
Os documentos da época afirmam que o maior número de escravos provinha da Angola. Eles moravam em pequenos quartos chamados senzalas, em péssimas condições, e eram tratados como animais pelos donos da propriedade.
no tempo livre, os escravos realizavam movimentos de luta, dança e mímica. Eram praticados no meio da capoeira, mas por baixo da altura da vegetação.
Esta atividade era observada pelos senhores que decidiram dar-lhe o nome desse tipo de terreno, Capoeira.
O angolano Vicente Ferreira, conhecido como Mestre Pastinha, foi quem difundiu a capoeira.
Agustina e Rocío

CAPOEIRA ANGOLA E CAPOEIRA REGIONAL.
Com o recorrer do tempo a capoeira fue utilizada pelos escravos como um elemento de resistência e de luta contra os opressores nos quilombos.
Uma vez abolida a escravidão, a capoeira foi institucionalizada como uma arte marcial.
Mestre Pastinha foi quem continuou com esta prática como a realizavam os angolanos na época da colônia, por isto é que os adeptos à capoeira tradicional chamaram–na de capoeira angola.
A CAPOEIRA É ENSINADA POR UM MESTRE, POSSUI MOVIMENTOS DO CORPO TODO ACOMPANHADOS DA GINGA, ALÉM DAS CANTIGAS E INSTRUMENTOS.
NAS RODAS DE CAPOEIRA, ALÉM DOS CAPOEIRISTAS, AS CANTIGAS E OS INSTRUMENTOS PARTICIPAM DO JOGO ATRAVÉS DO SEU RITMO DETERMINANDO A FORMA DE LUTA. OS MOVIMENTOS SÃO BAIXOS E VAGAROSOS COMO FAZIAM OS ESCRAVOS NAS VEGETAÇÕES, RECEBENDO OS NOMES DOS ELEMENTOS QUE UTILIZAVAM PARA TRABALHAR, POR EXEMPLO, MARTELO.
Depois de um tempo, por meio do mestre Bimba, o trabalhado do mestre Pastinha foi continuado, MAS COM ALGUMAS tRANSFORMAÇõES. NESTA CAPOEIRA OS MOVIMENTOS SÃO MAIS ELEVADOS E ACROBÁTICOS A FIM DE SEREM MAIS APRECIADOS PELO ESPECTADORES.
Essa nova forma foi chamada de capoeira regional.
Na atualidade, Capoeira tanto angola quanto regional, é praticada em vários países.
O treinamento e a sua prática desenvolvem a agilidade a rapidez e a musculatura necessárias para o jogo.
Em geral, o nome do lugar onde se faz a roda de capoeira e se treina se chama terreiro, mas em muitas academias, também se pode treinar e jogar capoeira, quer angola, quer regional.
Ivonne, Matias e Oriana.

CONSCIÊNCIA NEGRA

Ilustração: Rosinha Campos, do livro: Capoiera. Rosa, Sonia. (2009) Ed. Pallas. Rio de Janeiro


NoVeMbRo: Mês em que se comemora, no dia 20, "O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA".
Os alunos das 7mas séries trabalhamos com a Capoeira que os escravos africanos do grupo Banto criaram no Brasil como uma forma de defesa contra a escravidão.

Alunos das 7mas séries

Os escravos africanos e a luta pela liberdade

No mês em que se comemora o dia da consciência negra, os alunos da 6° série trabalharam com a escravidão no Brasil

A origem dos escravos
Em geral, os africanos que foram para o Brasil pertenciam a dois grupos culturais:
* Bantos: originários de Angola, Moçambique e Congo
* Sudaneses: procedentes da Guiné, Daomé e Costa do Marfim



O trabalho escravo no Brasil
Depois do ano de 1550, os escravos foram para o Brasil. Além do trabalho nos engenhos açucareiros, trabalharam nas minas catando ouro e pedras preciosas.
Na fazenda do engenho moravam na senzala que era uma habitação formada por uma ou várias janelas com grades e uma única porta.



No Engenho
O feitor, a cada amanhecer, reunia os escravos para trabalhar na produção do açúcar. Os que trabalhavam na casa-grande, dormiam nos porões. Os demais dormiam na senzala no chão frio. Os bebês eram amamentados pela ama-de-leite porque as mulheres brancas não eram muito fortes como as mulheres negras. Eles interrompiam o seu trabalho para se alimentar aproximadamente às onze horas. Comiam feijão e farinha de mandioca, depois voltavam ao trabalho. Eles tinham que moer a cana para fabricar o açúcar.


Na mineração
Na mineração, os escravos enfrentavam péssimas condições de trabalho. Trabalhavam em lugares pouco ventilados. Além disso sofriam acidentes porque eram perigosos os lugares onde mineravam. Eles eram vigiados pelo feitor e seus ajudantes que os castigavam por qualquer falta cometida. Os escravos comiam: feijão, farinha de milho e toucinho. Quando terminavam de comer eram acorrentados para dormir.



Chico Rei
Houve uma vez um rei negro da África que foi derrotado e feito prisioneiro. Depois o inimigo reuniu o rei, a rainha e a família toda e os vendeu como escravos para o Brasil. Chegando no Brasil, o rei foi comprado com sua família por um proprietário de minas de ouro. Ficaram todo em Vila Rica. O rei foi chamado Francisco, mas os escravos o chamavam de Chico rei. Ele trabalhava muito e os outros escravos o seguiam. Depois de muito tempo, Chico rei foi juntando o dinheiro para comprar sua alforria e a de sua família. Comprou terras, encontrou uma mina de ouro, ficou rico e ajudou o resto dos escravos que o seguiam e veneravam.




A Luta pela Liberdade
Os negros continuariam sendo escravos se não houvessem feito revoltas. Começaram a fugir perdendo-se na mata. Nas fugas coletivas se escondiam em lugares de difícil acesso e aí se fundaram os quilombos. Os quilombos eram uma das melhores resistências dos escravos. O quilombo mais conhecido foi o Quilombo dos Palmares. Cresceu tanto que chegou a atingir os atuais estados de Pernambuco s Sergipe. Houve expedições para destruir os quilombos mas nenhuma teve êxito. O primeiro rei de Palmares foi Ganga Zumba, sucedido pelo seu sobrinho Zumbi, que morreu assassinado numa das expedições para destruir os quilombos.




O Negrino Ganga Zumba
O negrinho Ganga Zumba trabalhava e trabalhava muito, sem parar. Queria ser livre, sem estar sob a pressão do amo. Ele já tinha ouvido falar sobre os quilombos. Sabia que ali os negros eram livres e felizes, dentro da África pura. O menino fugiu na mata, ouviu um barulho, se assustou e ali, de pé na porta, estava Zambi, o supremo. Ficou no quilombo para depois sair e libertar todos os escravos ainda presos. O negrinho foi embora, foi para a liberdade. Voltou o soberano, o menino Ganga Zumba, o novo rei da terra de Palmares.




A escravidão nas fazendas de café
Os escravos foram usados para trabalhar nas fazendas de café. Nesses lugares os escravos faziam todo o trabalho. Acordavam muito cedo e o feitor os reunia e distribuía o trabalho. Também faziam trabalhos domésticos e trabalhavam na casa-grande e atendiam o senhor e à sua família. Paravam entre as nove ou dez horas da manhã para comer e três horas da tarde , quando jantavam. Comiam feijão, farinha, angu, abóbora e às vezes toucinho.




A conquista da liberdade
O primeiro escravo tinha chegado ao Brasil fazia mais de três séculos, mas a escravidão negra permanecia. Em todos os cantos do Brasil lá estavam os escravos cuidando da terra, colhendo, fazendo comércio para os donos, trabalhando como artífices, etc. Eles começaram a se rebelar e a fugir, o preço dos escravos aumentou pela proibição do tráfico, então o governo brasileiro decidiu a abolição e em 13 de maio de 1888, pela lei Áurea, os escravos foram considerados definitivamente livres.



Liberdade para todos os povos!!!
No dia 13 de maio de 1888 foi assinada a Lei Áurea e os escravos por fim conseguiram ser livres! Mas antes disso outras leis tinham sido aprovadas: a Lei dos Sexagenários que libertava os escravos aos 60 anos de idade. Também as crianças nascidas depois de 1871 ao completarem 8 anos podiam ser libertadas.




O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.É uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral.